sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Fragmento 1

Não há duvida que a relação entre deus e o homem, a igreja e a sociedade; integra a mais frágil cadeia de pensamento. Formando assim cada vez mais cristãos para fazer peso na terra.
Dê-me minha droga grita o cristão em meio aos leões.
- Mostre-me seu deus grita a platéia, fique parado deixe-o vir salva-lo,
- qual morre mais rápido o judeu ou o cristão?
–Viu, o leão prefere o judeu, são mais gordinhos.
A morte os cerca, apavorando-os na forma de garras, com seu hálito doce e inebriante de Absinto, o seu pecado. Na ponta do cigarro, visões cósmicas carregadas de raiva e energia, moldando o corpo volátil de Deus.
- não haverá sonhos está noite, garoto. Gritou o homem que carrega a bandeja, que não contem só a face de Deus, mas também sua arma.
Ele não quer salva-los. Nem irá, não é da sua natureza. Só há verdade onde há cinzas. Dentro da sala ao canto, perto da janela, fica seu altar. Banhada de sangue está a estátua coberta de gelo. O sol invernal, a aurora boreal...
Sussurro em seu ouvido: “deixe-me ser sua pequena morte até a grande morte chegar.”
Ela concebe em seu útero de pedra duas pequenas cápsulas, que tomo e uso para escrever, mas faz tempo que ela não fala comigo.
- Eu tenho o vinho e a porta, (a chave está a muito perdida em seu bolso, Doutor), eu quero a buceta celestial, quero o orgasmo, a pequena morte... Sexo é a única opção
“Ela era como uma mãe para mim” foram suas ultimas palavras.
Quero minha dose, meu copo, meus cigarros que tirou. Maldita enfermeira.
É o tesão do medo, a fissura de ser apanhado, correndo por seu estomago. Não diga que não sente, é como cogumelos. É como a primeira vez que você lê “Balada do Velho Marinheiro”, bate fundo, muito fundo. Tão fundo que seu ego não suporta sua presença e vai fumar um cigarro. Com as cinzas negras, faça outro cigarro e misture com tabaco e maconha, você verá pelos olhos do seu ego.
As velhas da rua debaixo ficam excitadas quando os jovens entregadores passam. Neste momento, ereção e depressão se alternam. O prêmio de hoje é o cú de Loki. Os meninos sabem e esperam, nunca se viu tantos escritos como hoje. A falta da droga me destrói, me modela ao seu jeito, agora sou liquido, amanha fumaça. “Tornaram-se escravos do meu sangue” disse Jesus, “bebei e multiplicai-vos”. As bichas da faculdade, os escravos do banco, os operários, serventes, padeiros. Usam minha droga, Chupam por ela, eu a possuo e não a vendo.
- Quero ver eles viverem sem seus rins, tirei deles enquanto rezavam. Disse o duque, com seu Scoth com paregórico.
- Não aposto, sei que são teimosos quanto a isso, eles amam a vida de miséria que vivem, até agradecem por sempre estarem fodidos.

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