quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Desaventuras pt. 1

Começou como um dia normal e fatídico (to começando a me acostumar). Sem cigarros e bebidas, tinha que reciclar algumas bitucas no cinzeiro, nada demais. A birra vem automaticamente (as drogas, elas perseguem). Fechei um palheiro e esperei, esperei. Pelo meio-dia, fui dar uma volta. Tentar conseguir um dinheiro com meu pai ou minha tia (amo vocês!). Na subida da Fagundes cruzei com a Lica, meio que chorando (acho que ela é meio problemática). Fazia três anos que não nos falava mos. Ficou feliz em me ver:
- você está lindo, cada vez mais magro essas coisas. Como ela tava um pouco triste convidei-a, para tomar um samba lá em casa, na verdade ela me falou para nos tomar um trago, apenas ofereci a casa. Parecia que Deus tinha lançado mão do seu sarcasmo. Compramos a bebida e fomos correndo para casa, nem tomamos um copo e já tava na cama com ela me comendo, como um bolo de chocolate com amendoim.
No quarto, foi como uma tempestade de verão, era como aquelas meninas que tem fogo na buceta não dava folga nem para gozar fora, queria mais e mais. O meu gato ficava sobre a cômoda, no lado da porta, como um pajé.
– Oh! Que bonito que teu gato é, psssi, psssssiiiisss, vem cá bichano.
– Faz tempo que tu tem ele? . Os gatos são uns amores né? Eu sempre quis ter um gato. É o bichinho mais bonitinho do mundo.
- É sempre quis ter um bichinho de estimação, mas meus pais nunca me deram. Dai peguei um gato. Queria mesmo era um panda, eles que são legais.
Quando saímos do quarto ela assumiu uma postura que nunca antes tinha visto, começou a me tratar como um bebê. Fiquei apavorado quando me chamou de “neném” e queria me dar colo. Fiquei praticamente uns dez minutos tentando assimilar aqueles nomes que nunca dantes me chamaram “bebezinho, meu frufru ( anda ouvindo Fagner?)”. Sentei no seu colo, pensando conseguir um bom boquete. Ficamos nos arretando e arretando. Pedi delicadamente para ela me pagar um boquete, ela me olhou de um jeito que parecia ser a mais velha do convento.
- Nunca fiz isso. Sabe. Acho que pra chupa, tem que ser de alguém muito especial, e alem disso eu não sei fazer isso, ela disse.
- Lica isso não tem um manual de instrução, só fazendo pra aprender.
Arrependi-me, ela, parecia que ia arrancar o meu pau, pelo menos botou tudo na boca (safada) um maldito aspirador. Para posterioridade não gozei.
Depois de um tempo cheguei achar que ela queria, sei lá, ficava me agarrando, ia à cozinha ela tava atrás, no banheiro adivinha porra muito chata. Vi que tinha uma coisa estranha era uma católica de quinta, pronto era isso que tava errado. Tudo bem fazer sexo promiscuo e beber na tarde, mas fazer um boquete, Deus não perdoa. Fiquei nisso a tarde inteira, e cada vez mais sem paciência, não suporto duas coisas judeus e cristãos.
Fui fazer o que sei, comecei a beber, e me esquivando de seus beijos como Kid foguete no beco atrás do bar. Nenhuma tática deu muito certa, pois ela sempre achava uma coisinha bonitinha e vinha me dar um beijo. Maldita cristãzinha.

Um comentário: